Ah Roraimeira...


Quantas lembranças, quantas bandeiras, quantas emoções! Com o nascimento do filme, muito fui questionado sobre o motivo desse tema para o doctv. Depois de uma noite maravilhosa de pré-estréia, de uma interação orgânica do público com o documentário, não vejo mais necessidade de explicar.

Tá registrado e pronto, mas não e ponto... É uma pequena parte desse Movimento Cultural de extrema relevância nessa construção contínua de uma Identidade, de uma referência. Há provas de que ela é regional, mas ela é muito plural. É ‘glocal’.

Quem não se identifica com esse referencial? Quem não lembra de Roraimeira, de Makunaimando, de Cidade do Campo pra referenciar a musicalidade regional. Temos muito mais ainda!

O trio que já foi chamado ‘Regionalíssima Trindade’ é uma base imortalizada pelos produtos culturais gerados e pela perseverança, afinal são 25 anos. Mas a extensão do saber, do ideal e do fazer está em cada um de nós, sem nem a gente querer.

É como querer não crer, sem o fundamento do perceber, do sentir, do viver. O Roraimeira está aí, mais vivo do que nunca, pra gente ver, refletir e verter em nossos pensamentos, sentimentos e devaneios a sensação de fazer parte e de dizer... eu sou de Roraima, até mesmo sem ser.

Thiago Chaves Briglia


AVISO - Datas de Exibição do Documentário -----------------------

27.08.2009 (quinta-feira)
22h na TV Brasil - Canal 2 - Exibição Nacional

28.08.2009 (sexta-feira)
16h na UNIVIRR

31.08.2009 (segunda-feira)
19h no Cine Sesc


9 comentários:

  1. Estou muito feliz de ter participado desse trabalho, falando apenas do que é importante, o resultado final, o que tenho a dizer é que cruzei o pais, e fui para Boa Vista para editar um documentário, chegando lá me deparo com uma cultura tão exuberante quanto a propria natureza, e também tão frágil quanto a propria natureza, uma cultura que tenta sobreviver e coexistir com a avalanche de modismos tentadores vindos do sul que por muitas vezes encantam os olhos daqueles que estão acostumados com o belo, e por isso acreditam que o belo é o que vem de fora.
    Esse documentário é um exemplo otimo de como o movimento Roraimeira é "Glocal", sucesso garantido onde quer que seja exibido, aqui em Curitiba ainda não tive oportunidade de mostrar para nenhuma grande plateia, mas todos os que o viram até agora saem cantarolando as musicas.

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  2. Acho que irei a Boa Vista para assistir as sessões de exibição pública do DocTV. Quero sentir o calor da nossa gente. Saudades.

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  3. vou esperar a exibição do cine sesc. enquanto isso, podiam rolar postagens sobre a exibição que já aconteceu. com fotinhas e textos.
    abraços,

    Edgar Borges
    www.edgarb.blogspot.com

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  4. O Doccumentário Roraimeira ficou simplesmente impacável. Foi emocionante ver o auditório do Palácio da Cultura completamente lotado, como não havia visto ainda para um evento como aquele. Thiago, você e toda a equipe que trabalhou na realização do documentário estão de parabéns. Vou aguardar a exibição no Cine Sesc. Ei, seguindo a sugestão do Edgar Borges, tentem manter o blog altualizado. Este site também está um primor.

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  5. Perfeito, emocionante...me levou às lágrimas, não só a mim, mas a outras pessoas que assistiram a pré estreia de Roraimeira no dia 12/08/2009 no Palácio da Cultura que, se o dobro de lugares tivesse, estariam todos ocupados.

    Vinte e cinco anos! Exatamente a data em que cheguei nesse estado maravilhoso pela primeira vez. Esse lugar que acolhe gente do Brasil inteiro, do mundo inteiro. Me dei conta disso ao assistir o documentário. Passou tão rápido...apesar de ter vivido por um curto período longe daqui, esse calor me fazia falta, parecia que eu morava em outro planeta e planejava minha volta “à minha terra” todos os dias.

    Thiago e sua equipe conseguiram resumir e traduzir esse sentimento de identidade cultural com maestria, diga-se de passagem ele está melhor a cada documentário. Ao final de Picuá, na sala da TVE, aplausos e lágrimas; as pessoas enxergaram seus antepassados naquele vídeo. Nas trilhas de Makunaima, magia pura! Indescritível! E agora ele nos brinda com esse banho de cultura que ficará eternizado nas mentes e principalmente nos corações dos roraimenses e roraimados como eu: Roraimeira Expressão Amazônica!

    Cada música, cada imagem, cada poesia me fez balbuciar a seguinte frase ao final da exibição: “É aqui que quero passar o resto dos meus dias. Talvez se eu tivesse nascido nessa terra não a amasse tanto!” Parabéns Thiago, você merece todo o sucesso que ainda está por vir, e não se esqueça da sua amiga que sempre vai te pedir um autógrafo a cada projeto concretizado.
    Gislaine Teixeira

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  6. Os artistas no final do século XIX e início do século XX criaram um movimento com o objetivo de representar suas emoções e reações subjetivas. Tal movimento foi chamado “expressionismo”. Sendo usado como expressão.
    As músicas roraimenses para alguns podem ser simples sem contexto algum, sem nexo, apenas letras estranhas impossíveis de associarem-se ao que elas costumam ver e ouvir. Porém existem aqueles que ainda se propõem a escutá-las e reverenciam as tocantes letras e seus autores. Daí nesse sentido pergunto-me! O que tem haver o movimento expressionismo com o grupo Roraimeira?
    A resposta exata talvez eu não saiba. Mas, ambos os casos são demonstrações públicas de luta pela valorização da arte e da cultura, portanto lutam por uma identidade cultural de um povo. O pré-documentário expressão Roraimeira trata exatamente disso; uma vez que o evento realizado mostrou o “ expressionismo” do trio Eliakim Rufino, Neuber Uchôa e Zeca Preto. Encanto no qual pairou por um instante no ar e impressionou o seu auditório.
    Assertivo que o evento realmente foi uma grande expressão de respeito, demonstração das riquezas do extremo norte e a valorização do homem nascido de aldeia ou não. As belezas naturais que compõem o grande lavrado, as variáveis tribos, o caboclo, as lendas tudo isso fazem parte do repertório artístico citados nas canções do grupo.
    Parabenizo o grande autor da ideia Tiago Bríglia de reaver o que estava se perdendo e colocar em regressão o movimento do trio Roraimeira.

    josiele de oliveira
    acadêmica de jornalismo

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  7. Thiago,
    estou esperando ansiosamente a exibição nacional. Vou convidar alguns amigos pra assistirem comigo, afinal, como internacionalista é minha obrigação mostrar para o mundo as maravilhas daquele último Estado no extremo norte do nosso Brasil. A saudade de toda essa roraimeira me assola diariamente nessa Brasília de todas e nenhuma cultura ao mesmo tempo.
    Acho que não preciso assistir pra dar os parabéns pelo trabalho!
    Um abraço,
    Lívia Andrade.

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  8. Agradeço a participação de todos que assistiram ao documentário. A partir de agora, mês setembro, vou postar textos e responder comentários com mais frequência. Vamos planejar itinerância para exibição do documentário em outubro e novembro e pretendo postar impressões aqui!
    Thiago

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